Pouca gente sabe, mas o Dia do Jornalista nasceu em 1931 para marcar a importância de quem entrega informação de verdade pro público. E sabe qual é a graça? Os nomes de Glória Maria e Ricardo Boechat nunca ficam de fora quando o papo é inspiração, ética e coragem nessa profissão. Esses dois não só deram cara pra TV e rádio brasileiros, como também mexeram com os bastidores do jornalismo e romperam padrões de um jeito que poucos ousaram.
Glória Maria praticamente virou sinônimo de reportagem fora do óbvio. Ela viajou o planeta, entrou em favelas e palácios, e sempre manteve aquele sorriso calmo, sem deixar de ser direta e fazer as perguntas certas. Foram mais de quatro décadas de Globo, inspirando gerações de jornalistas, principalmente mulheres e negras, que viram nela uma porta aberta num ambiente que sempre foi muito masculino e desigual. Não era apenas talento: ela era reinventora, tanto como repórter quanto apresentadora, mostrando que representatividade faz mesmo diferença na frente das câmeras.
Já Ricardo Boechat tinha um tom ácido e uma coragem rara de se vê. Ele gostava do embate, cutucava políticos no rádio e na TV, e muita gente ligava só pra ouvir aquelas opiniões direto ao ponto, muitas vezes sem filtro, outras até irônicas. O cara encarou governos, empresários e celebridades. Não tinha rabo preso. Sua morte num acidente de helicóptero em 2019 chocou tanto porque, no fundo, todo mundo sentia que podia confiar naquilo que ele falava. Era aquela voz no trânsito, no carro, na sala, sempre trazendo notícias quentes ou análises que faziam pensar.
O legado de Glória e Boechat ganha ainda mais força quando a gente relembra períodos de censura no Brasil, como a ditadura militar. Nesses contextos, o jornalismo se mostrou uma trincheira contra o autoritarismo, mesmo com risco pessoal pra cada repórter. Nos dias de hoje, o ambiente não é menos desafiante: fake news, ataques à imprensa e busca por cliques rápidos colocam mais pressão na profissão. Mesmo assim, exemplos como os deles se destacam porque mostram que jornalismo não é só técnica, mas também ousadia e ética na veia.
Aliás, muitos dos grandes líderes de empresas e veículos de comunicação atuais cresceram admirando Glória e Boechat. Eles são citados como inspiração em reuniões e eventos do setor, e muitos profissionais dizem que escolheram a carreira por causa das reportagens que viam ou ouviam deles. Para quem está na labuta diária, o Dia do Jornalista é mais do que uma data simbólica—é um lembrete de que a informação honesta e bem apurada tem força pra mudar realidades.
Celebrar o Dia do Jornalista significa reconhecer esse papel essencial: dar voz a quem precisa, informar com responsabilidade e bater de frente quando a verdade tá em jogo. E se alguém perguntar quem são os grandes nomes dessa caminhada, não tem como deixar de lembrar de Glória Maria abrindo portas e de Boechat mostrando que coragem faz parte do DNA do jornalismo brasileiro.
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