Estudantes de São Bernardo do Campo estão passando por dificuldades diárias graças às restrições do Cartão Legal, destinado a fornecer transporte municipal gratuito para os que são elegíveis. A ativação do cartão, feita apenas duas horas antes do horário das aulas, está causando grandes problemas logísticos, especialmente para aqueles que moram em bairros mais afastados.
Um exemplo é o caso de Anny Alves, que mora no Jardim Represa. Ela frequentemente chega atrasada devido às demoras na ativação do cartão e aos congestionamentos no centro da cidade, especialmente durante os horários de pico. Fernando Sancho, que vive em um bairro central, também relata dificuldades semelhantes, mencionando que em dias de chuva as viagens podem levar até 1,5 horas.
O Cartão Legal limita o uso a apenas quatro linhas de ônibus predefinidas, o que inviabiliza o acesso a rotas alternativas em situações de emergência. Além disso, para manter o benefício, os estudantes devem pagar uma taxa de R$29,75, equivalente a cinco passagens, e se deslocar mensalmente até os terminais municipais com a documentação acadêmica atualizada.
A implementação do programa segue o Decreto Municipal 20.433/2018, cujo objetivo é guiar o uso e as regras do cartão. No entanto, a administração municipal e a empresa BR7, responsável pela gestão do sistema, não responderam a questionamentos sobre a imposição de restrições adicionais de tempo ou de rotas.
Os estudantes manifestam sua insatisfação, destacando que o sistema parece falhar em equilibrar a acessibilidade com as exigências burocráticas. Apesar dos desafios, os usuários continuam a buscar meios eficientes para garantir seu direito ao transporte público e a frequentar suas aulas sem o peso de atrasos e incertezas.
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