Você já ouviu alguém dizer que tem "bullying" na escola, mas não sabe exatamente o que isso significa? Em termos simples, bullying é quando alguém usa força – física, verbal ou digital – para intimidar outra pessoa de forma repetida. Não é um caso isolado, mas um padrão que deixa a vítima sem jeito e vulnerável. Se reconheceu alguma situação parecida, não está só: milhares de estudantes enfrentam isso todo dia.
Os indícios podem aparecer de várias formas. Na aula, a vítima pode ficar com medo de levantar a mão, evitar fazer perguntas ou até faltar às aulas. No intervalo, pode ser isolada, recebendo empurrões, rótulos ou insultos. Online, o cyberbullying surge em mensagens, posts ou stories que humilham ou ameaçam. Preste atenção nos comportamentos: olhos tristes, mudança repentina de humor, queda nas notas ou perda de interesse por atividades que antes gostava.
Os agressores também têm sinais: costumam buscar atenção, gostam de liderar grupos e podem mudar de alvo rapidamente. Nem sempre a agressão é física – xingamentos, piadas de mau gosto e espalhar boatos são formas comuns de machucar. Quando o bullying acontece, o ambiente escolar perde a energia positiva e o aprendizado fica comprometido.
Primeiro, fale com a vítima. Escute sem julgar, mostre que acredita nela e ofereça ajuda. Se você for professor ou responsável, registre a denúncia e siga o protocolo da escola: conversas individuais, mediação entre as partes e, se necessário, a intervenção de psicólogos ou assistentes sociais.
Fazer campanhas de conscientização também ajuda. Atividades que destacam empatia, como rodas de conversa e projetos de trocas de experiências, criam um clima onde o respeito se torna regra. Envolva pais e responsáveis: reuniões que explicam o que é bullying e mostram como apoiar os filhos são fundamentais.
Na era digital, educar sobre o uso responsável das redes sociais é indispensável. Ensine a configurar perfis privados, a bloquear quem provoca e a denunciar conteúdos abusivos. Se o cyberbullying já ocorreu, guarde prints, registre datas e informe a plataforma e a escola.
Por fim, lembre-se de que a prevenção é um esforço coletivo. Cada aluno, professor, pai ou responsável tem um papel. Quando todos se comprometerem a observar, intervir e apoiar, o bullying perde força e as escolas se tornam lugares seguros para aprender e crescer.
O Colégio Santa Cruz, uma escola renomada de São Paulo, recentemente enfrentou um grave incidente de bullying, racismo, homofobia e misoginia promovido por estudantes veteranos contra calouros. Os culpados foram suspensos temporariamente e a escola está investigando os acontecimentos e implementando medidas educativas. A questão levanta preocupações sobre o ambiente escolar e a segurança entre os estudantes.
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