Quando alguém fala de esquema criminal, costuma imaginar trama de filme, mas na prática são estratégias organizadas para enganar, lucrar e, muitas vezes, colocar a vida de alguém em risco. Hoje vamos trocar uma ideia sobre como esses esquemas funcionam, mostrar alguns casos que aconteceram recentemente no Brasil e dar dicas rápidas para não cair na armadilha.
Um dos mais chocantes foi a onda de bebidas adulteradas com metanol em São Paulo. Autoridades confirmaram duas mortes e abriram investigação de dez casos suspeitos. O objetivo dos criminosos? vender álcool barato que parece legítimo, mas que pode ser fatal. Outro caso que ganhou destaque foi a mudança nas regras do Pix. O Banco Central apertou os procedimentos para agilizar devoluções de valores em golpes, mas isso também serviu de alerta: os fraudadores já usavam a rapidez do Pix para aplicar golpes de transferência rápida.
Não são só fraudes financeiras. Em Penha (RJ), um ex‑policial militar confundiu um estudante universitário com ladrão e atirou, causando lesões graves. Embora não seja um esquema de fraude, demonstra como abusos de poder podem virar crimes planejados, alimentados por preconceitos e falta de controle.
Esses exemplos mostram que um esquema criminal pode ser tanto um golpe de consumo quanto um abuso de autoridade. O ponto comum é a organização: há quem planeje, quem execute e quem tente encobrir tudo.
1. Desconfie de preços extremamente baixos. Se um álcool, medicamento ou ingresso está com um desconto que parece impossível, pesquise a origem antes de comprar.
2. Cheque a procedência das transações digitais. No caso do Pix, confirme o número ou a chave do recebedor em um canal oficial (WhatsApp da empresa, site institucional) antes de enviar dinheiro.
3. Esteja atento a sinais de coerção. Em abordagens policiais ou de segurança, exija identificação e registro. Se algo parecer fora do normal, procure a delegacia mais próxima.
4. Use ferramentas de segurança. Ative autenticação de dois fatores nos aplicativos bancários, mantenha seu antivírus atualizado e evite clicar em links suspeitos.
5. Compartilhe informações. Quando perceber um esquema, avise amigos, familiares e, se for caso de crime, denuncie à polícia ou ao Ministério Público. Quanto mais pessoas souberem, mais difícil fica a ação dos criminosos.
Se você já foi vítima ou tem dúvidas sobre um caso específico, procure um advogado ou a defensoria pública. Muitos esquemas criminais deixam rastros – documentos, mensagens, registros de chamadas – que podem ser úteis na investigação.
Ficar alerta não significa viver paranoico, mas sim estar preparado. O melhor esquema criminal é o que nunca chega a acontecer porque você percebeu o risco a tempo. Compartilhe essas dicas, mantenha a curiosidade e, acima de tudo, confie no seu instinto quando algo não parece certo.
Vinicius Lopes Gritzbach, empresário e informante da Promotoria Pública de São Paulo, foi executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos após expor esquemas do PCC, incluindo lavagem de R$ 30 milhões. O crime, classificado como execução, teria motivação de vingança e 'queima de arquivo'. Gritzbach havia recusado proteção policial e revelou importante esquema criminal antes de ser morto.
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