Se você curte cavalos, já deve ter visto situações que dão um nó na garganta: cabrestos apertados demais, ombros doloridos ou até mesmo animais abandonados. Esses são sinais claros de maus‑tratos. Mas, na prática, como a gente reconhece um caso de abuso e o que pode fazer para mudar a realidade desses bichos?
Os sinais mais comuns são visíveis no corpo e no comportamento. Um cavalo que manca, tem feridas inexplicáveis ou está sempre cabisbaixo pode estar sofrendo. Olhe para a pelagem: pelos quebradiços, cascos rachados ou queimaduras são alerta vermelho. Também preste atenção ao modo de manejo: uso de armas, chicotes ou técnicas de treinamento violentas são proibidos por lei.
Além da aparência física, o comportamento fala muito. Um cavalo que se recusa a se mover, se esconde ou reage agressivamente pode estar tentando fugir de dor. Se perceber que o animal está sempre estressado, com respiração ofegante ou tremores, isso também indica que algo não vai bem.
Primeiro, não se exponha a risco. Se a situação for perigosa, mantenha distância e chame a polícia ou o órgão responsável pela proteção animal na sua cidade. No Brasil, o próprio *Disque 180* aceita denúncias de crueldade contra animais.
Reúna o máximo de informações possível: fotos, vídeos, horário e local exato. Esses dados ajudam na investigação e aumentam as chances de responsabilizar o agressor. Se o caso for em propriedades rurais, também pode acionar a polícia militar ou a delegacia de meio ambiente.
Outra ação importante é conversar com o proprietário ou responsável, se você se sentir à vontade. Muitas vezes, a falta de informação sobre cuidados básicos é a causa do sofrimento. Oferecer orientações ou indicar um veterinário pode evitar novos problemas.
Por fim, apoie ONGs que trabalham com cavalos. Elas costumam ter projetos de resgate, reabilitação e programas de educação para criadores. Contribuir com voluntariado ou doações fortalece a rede de proteção e ajuda a prevenir abusos.
Recapitulando: ficar atento aos sinais físicos e comportamentais, denunciar com provas, e apoiar quem luta contra a crueldade são passos simples que fazem toda a diferença. Lembre‑se, quem protege o cavalo também protege a tradição e o respeito que temos por esses animais.
A atleta equestre britânica Charlotte Dujardin foi proibida de participar das Olimpíadas de Paris 2024 por alegações de maus-tratos ao cavalo. Dujardin foi acusada de chicotear seu cavalo mais de 24 vezes em um minuto, violando as regulamentações de bem-estar animal. A decisão gerou indignação entre ativistas de direitos dos animais e a comunidade equestre.
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