Todo setembro, as ruas, escolas e redes sociais ficam mais amarelas. Não é moda, é a campanha de prevenção ao suicídio. O objetivo é simples: falar abertamente sobre o assunto, quebrar o tabu e salvar vidas. Se você ainda não entende bem o que rola, vamos explicar de forma direta e prática.
O amarelo foi escolhido porque a cor traz energia, esperança e atenção. Quando a gente vê um laço amarelo, sabe que ali tem um alerta para cuidar da saúde mental. A ideia é que, ao notar um sinal de sofrimento, a pessoa se sinta encorajada a buscar ajuda sem vergonha.
Não existe fórmula mágica, mas alguns comportamentos costumam aparecer: isolamento, mudanças bruscas de humor, fala sobre “não aguentar” ou “não ver saída”. Se alguém começar a falar de forma recorrente sobre morte, mesmo que pareça “brincadeira”, leve a sério. Pergunte de forma simples: “Como você está se sentindo?” ou “Posso ajudar de alguma forma?”. Mostrar que você está presente faz diferença.
Além disso, fique de olho em atitudes de risco, como abuso de álcool ou drogas, mudanças súbitas nos hábitos de sono e alimentação. Quando esses sinais aparecem, ofereça um canal de apoio: um telefone de emergência, um serviço de psicologia ou até um contato de um amigo de confiança.
Primeiro, respire. Muitas vezes, a ansiedade nos faz perder a noção do tempo e da realidade. Procure um local tranquilo, beba água e, se possível, converse com alguém de confiança. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento 24h pelo telefone 188 ou chat online. Eles são profissionais capacitados e não cobram nada.
Se a situação parecer extrema, não hesite em procurar o SAMU (192) ou levar a pessoa a um pronto‑socorro. A intervenção imediata pode salvar uma vida. Lembre‑se: buscar ajuda não é sinal de fraqueza, é um ato de coragem.
1. Compartilhe informação: publique nas suas redes sociais posts que expliquem o que é a campanha e como procurar ajuda. Use a hashtag #SetembroAmarelo para ampliar o alcance.
2. Organize ou participe de eventos: escolas, empresas e comunidades costumam fazer palestras, rodas de conversa ou caminhadas com laços amarelos. Mesmo que você não tenha tempo para organizar, compareça e mostre apoio.
3. Escute sem julgar: muitas vezes, a pessoa só precisa ser ouvida. Evite frases como “isso passa” ou “você vai melhorar”. Foque em ouvir e validar os sentimentos.
4. Incentive o autocuidado: atividades simples como caminhar, praticar um hobby ou meditar ajudam a reduzir o estresse. Recomende aplicativos de mindfulness, mas lembre‑se de que eles são complementares, não substitutos de terapia.
Além do CVV, existem linhas de apoio específicas para grupos vulneráveis, como adolescentes, idosos e pessoas LGBTQ+. Procure nas secretarias de saúde locais ou nos sites oficiais do Ministério da Saúde. Muitos estados têm centros de atenção psicossocial (CAPS) que oferecem acompanhamento gratuito.
Se você é líder ou gestor, invista em treinamentos de primeiros socorros psicológicos para sua equipe. Isso cria um ambiente mais seguro e aumenta a capacidade de reconhecer sinais de alerta.
O Setembro Amarelo não termina no fim do mês. A conversa sobre saúde mental precisa ser constante, porque a prevenção acontece todos os dias. Ao divulgar estas informações, você ajuda a construir uma rede de apoio mais forte e salva vidas. Não subestime o poder de uma palavra amiga ou de um simples gesto de escuta.
Então, que tal colocar um lembrete amarelo na sua mesa, na porta de casa ou no fundo da tela do celular? Cada detalhe conta. Juntos, fazemos a diferença.
A campanha 'Setembro Amarelo', promovida pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, visa aumentar a conscientização sobre questões de saúde mental e desestigmatizá-las. Com atividades variadas ao longo de setembro, o programa busca envolver a comunidade e destacar a importância da detecção precoce e do tratamento das condições de saúde mental.
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