Na quinta-feira, 5 de setembro de 2024, todos os olhares estavam voltados para o Monumental de Núñez em Buenos Aires, onde Argentina e Chile se enfrentaram em um jogo altamente aguardado das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Este foi um confronto da sétima rodada da competição sul-americana e, como de costume, reuniu dois arquirrivais tradicionais do continente em uma partida que prometia fortes emoções.
O retrospecto entre Argentina e Chile sempre foi bastante desigual. Em um total de 93 jogos, os argentinos saíram vitoriosos em 60 ocasiões, enquanto os chilenos conseguiram apenas seis vitórias. Além disso, 27 partidas terminaram empatadas. A superioridade da Argentina se reflete também nos confrontos válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, onde a seleção albiceleste venceu 11 vezes, empatou quatro e perdeu apenas uma vez para os chilenos. Dados que revelam a profunda disparidade no desempenho histórico entre as duas equipes.
No geral, jogar contra a Argentina em Buenos Aires sempre representou um desafio monumental para o Chile. Em 33 confrontos realizados na capital argentina, a seleção chilena nunca conseguiu vencer, com um histórico de 26 vitórias para a Argentina e sete empates. Este é um indicador claro das dificuldades que os chilenos encontram ao enfrentar os argentinos em seu território.
O jogo de quinta-feira foi transmitido ao vivo pela SporTV e pelo Globoplay, oferecendo aos torcedores a oportunidade de acompanhar cada lance crucial. A arbitragem ficou a cargo do venezuelano Jesús Valenzuela, com Juan Soto, também da Venezuela, como responsável pelo VAR. Vendido como um dos maiores clássicos do futebol sul-americano, o confronto não decepcionou em termos de expectativa e tensão dentro de campo.
A Argentina, sob o comando de Lionel Scaloni, entrou em campo com uma formação sólida, alinhando Emiliano Martínez no gol; Nahuel Molina, Cristian Romero, Lisandro Martínez, e Valentín Barco na defesa; Rodrigo de Paul, Enzo Fernández, e Alexis Mac Allister no meio-campo; e um trio de ataque formado por Nico González, Lautaro Martínez, e Julián Álvarez. Esta escalação refletia a força coletiva da seleção argentina, composta tanto por talentos jovens quanto por jogadores mais experientes.
Por outro lado, a seleção chilena, treinada por Ricardo Gareca, apostou em Gabriel Arias como goleiro; uma linha defensiva com Mauricio Isla, Benjamín Kuscevic, Guillermo Maripán, e Eugenio Mena; um trio de meio-campistas com Marcelino Núñez, Diego Valdés, e Rodrigo Echeverría; além de Darío Osorio, Eduardo Vargas, e Ben Brereton Diaz no ataque. Esta formação buscou equilibrar solidez defensiva com criatividade ofensiva.
Os treinadores de ambas as seleções entraram em campo com estratégias bem definidas. Scaloni, ciente do poderio ofensivo argentino, buscou uma formação que permitisse transições rápidas e eficiência no ataque. A presença de jogadores como Julián Álvarez e Lautaro Martínez visava pressionar a defesa chilena desde o início da partida.
Do lado chileno, Ricardo Gareca optou por uma tática mais cautelosa, priorizando a consistência na defesa e tentando explorar os contra-ataques com jogadores como Eduardo Vargas e Ben Brereton Diaz. A ideia era resistir à pressão argentina e buscar oportunidades nos erros do adversário.
A partida começou intensa, com ambas as equipes mostrando disposição e energia. Nos primeiros minutos, a Argentina tomou a iniciativa, controlando a posse de bola e buscando abrir brechas na defesa chilena. As investidas de Nico González pelo lado direito foram uma constante ameaça, criando algumas chances para a albiceleste.
O Chile, no entanto, se mostrou resiliente. A defesa, liderada por Guillermo Maripán, conseguiu neutralizar várias tentativas argentinas, demonstrando disciplina e organização. Mesmo sob pressão, o time de Gareca tentou se lançar ao ataque em rápidos contra-ataques, tentando surpreender a defesa argentina.
A partida seguiu equilibrada, com a Argentina aumentando a pressão, especialmente após os 30 minutos do primeiro tempo. Foi então que um lance decisivo mudou o rumo do jogo. Após uma jogada rápida pelo meio de campo, Enzo Fernández encontrou Lautaro Martínez, que, com um toque preciso, finalizou para o fundo das redes, abrindo o placar para a Argentina. A explosão da torcida no Monumental de Núñez foi um reflexo do alívio e da euforia gerados pelo gol.
No segundo tempo, a estratégia chilena de tentar equilibrar o jogo com contra-ataques se manteve, mas a Argentina, fortalecida pelo gol, seguiu dominando as ações. A equipe de Scaloni demonstrou um grande controle de jogo, com trocas rápidas de passes e um meio-campo muito bem entrosado. Alexis Mac Allister e Rodrigo de Paul foram peças fundamentais na orquestração das jogadas ofensivas.
O resultado final, uma vitória suada e merecida para a Argentina, consolidou ainda mais a hegemonia histórica dos argentinos sobre os chilenos. Além disso, somou pontos valiosos para a albiceleste na corrida pelas vagas na Copa do Mundo de 2026, aproximando a seleção de uma classificação antecipada.
Para o Chile, a derrota representa um obstáculo, mas não um impedimento total. A equipe de Ricardo Gareca ainda tem chances de se recuperar nas próximas rodadas, embora precise corrigir falhas e buscar uma maior solidez defensiva para alcançar melhores resultados.
Considerando o contexto das Eliminatórias, o jogo entre Argentina e Chile serviu mais uma vez para mostrar a força coletiva e a capacidade técnica dos jogadores argentinos. O desafio chileno, apesar de não ter culminado em vitória, também demonstrou uma equipe aguerrida e determinada, que pode surpreender nas próximas partidas.
Em resumo, a partida não só acrescentou mais um capítulo ao longo histórico de confrontos entre as duas seleções, como também destacou a importância das análises estratégicas e das decisões em campo, que muitas vezes definem o rumo dos jogos. O futebol sul-americano, com toda a sua tradição e rivalidades, continua proporcionando espetáculos inesquecíveis para os amantes do esporte.
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