O clima era de decisão no TD Garden, e quem esperava um Celtics abatido acabou vendo um time aguerrido, liderado por uma atuação que já entra para a história dos playoffs. Derrick White ignorou a pressão e mostrou que pode ser protagonista, carregando Boston nas costas com 34 pontos — melhor marca da carreira em pós-temporada — e nada menos do que 7 arremessos de três certeiros.
A vitória folgada por 127 a 102 não foi acaso. Boston entrou em quadra mordido e abriu mão das desculpas mesmo jogando sem seu principal astro, aproveitando cada chance para reagir na série. Além disso, a pontaria nos chutes de fora fez a diferença: foram 17 bolas de três, sufocando a defesa nova-iorquina desde o primeiro quarto. Jaylen Brown também apareceu em grande estilo, distribuindo 12 assistências e anotando 26 pontos, misturando explosão e leitura de jogo.
No lado do New York Knicks, a noite não foi das melhores, principalmente quando o adversário se solta num ritmo desses. Josh Hart até tentou acompanhar a produção ofensiva, colocou 24 pontos e acertou 5 da linha dos três, mas faltou companhia consistente nos dois lados da quadra. Jalen Brunson, destaques da temporada, fez 22 pontos e tentou manter o time de Nova York vivo, mas o Celtics exibiu um jogo coletivo que abafou qualquer reação.
A mensagem nos vestiários antes da bola subir foi clara. Joe Mazzulla, técnico do Boston, pediu para o grupo "focar tudo em vencer hoje" — e o resultado mostrou que a estratégia funcionou. O impacto psicológico foi nítido: Boston atropelou e ainda viu a torcida voltando a acreditar em uma virada improvável. Agora, o embate continua em Nova York. Os Knicks ainda têm vantagem de 3-2 no placar geral, mas perderam o embalo e vão para o jogo 6 com mais dúvidas que certezas.
Com o Celtics embalado por uma atuação dominante, a pressão agora passa para o lado dos Knicks. Nova York precisa de uma vitória para garantir vaga na final da conferência, mas o recado de Boston foi direto: desistir não faz parte do roteiro.
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