Jovem Pan Transmite Ao Vivo: Confronto Internacional x Grêmio Pelo Campeonato Brasileiro

• OSVALDO JUNIOR
• outubro 21, 2024 AT 13:12

Essa transmissão da Jovem Pan foi um desastre total. Enquanto o estádio tava explodindo de gritos, eles ficaram discutindo se o goleiro do Grêmio usava tênis novo ou não. Cadê a emoção? Cadê o sangue? Tudo virou podcast de futebol de boteco. Se fosse pra ouvir um cara falando sobre passes laterais por 40 minutos, eu ligava o YouTube e colocava um vídeo de pão sendo torrado. Isso aqui é Grenal, não é aula de tática da FIFA 24.

Quem assistiu de verdade sabe que o Internacional merecia ganhar por 5 a 0, mas o árbitro tava mais perdido que eu no metrô de São Paulo. E ainda tem gente que fala que a Jovem Pan é profissional? Sério? Pode até ser a maior rádio do país, mas nesse jogo, foi só uma caixinha de som com vício em café.

Minha avó na Paraíba, que nunca viu um jogo ao vivo, me mandou mensagem dizendo que ouviu o gol do Internacional e chorou. E a Jovem Pan? Só falou que o lateral esquerdo ‘tinha uma postura interessante’. O que isso tem a ver com o coração de um torcedor?

Se o futebol brasileiro quer sobreviver, precisa de paixão, não de análise de estatística de passes. Essa cobertura foi um insulto à memória dos 100 anos de Grenal. Vai se ferrar, Jovem Pan.

Quem não concorda, comenta ‘Grenal é alma’. Quem concorda, comenta ‘essa rádio deveria ser desligada’.

• Luana Christina
• outubro 22, 2024 AT 20:21

Caro leitor, permita-me, com a mais profunda reverência pela emoção humana contida nesse clássico, refletir sobre a natureza transcendental do futebol como expressão da alma coletiva. O Grenal não é um jogo - é um ritual ancestral, uma dança de dor e esperança entre duas entidades que, embora rivais, compartilham o mesmo solo, o mesmo sangue, o mesmo lamento e a mesma glória.

A transmissão da Jovem Pan, por mais que falha em capturar a essência, ainda assim funcionou como um espelho da nossa sociedade: fragmentada, desesperada por significado, e, paradoxalmente, capaz de unir milhões em silêncio, em gritos, em lágrimas. Cada apito, cada falta, cada lance falho - tudo é metáfora da nossa existência.

Quando o jogador do Internacional caiu no gramado, não foi apenas um corpo caído. Foi a fragilidade da humanidade diante da força do destino. Quando o torcedor gritou, não foi apenas som. Foi a voz de um povo que, mesmo ferido, ainda ousa acreditar.

E, se a rádio falhou em narrar? Talvez não tenha sido a rádio que falhou. Talvez tenha sido nós, que nos esquecemos de ouvir com o coração, e não com os ouvidos.

Que este clássico nos lembre: o futebol não é sobre vencer. É sobre permanecer. E permanecer, mesmo quando tudo desaba, é o ato mais corajoso que um ser humano pode realizar.

• Leandro Neckel
• outubro 22, 2024 AT 20:26

Essa merda de transmissão foi a prova definitiva de que a Jovem Pan não entende nada de futebol. O narrador ficou 12 minutos falando sobre a história do clássico enquanto o jogo tava em andamento - tipo, mano, o lance tá rolando, não é hora de fazer um documentário da Discovery Channel.

Grêmio perdeu porque o técnico é um desastre ambulante e o meio-campo é feito de papel higiênico. E o Internacional? Tinha um atacante que parecia um robô programado só pra marcar. Mas ninguém comentou isso? Ninguém? Só ficaram falando de ‘emoção’ e ‘tradição’ como se isso fosse um pão com mortadela que salva o time da rebaixamento.

Se vocês acham que o Grenal é só ‘paixão’, então por que o Grêmio tá na 14ª posição? Porque paixão não vence jogo. Estratégia vence. Técnica vence. E Jovem Pan? Só vende ilusão. Como um vendedor de espetinho que fala que o frango é ‘orgânico’ enquanto o cliente morre de intoxicação.

Se vocês querem um clássico de verdade, assistam o vídeo da final de 2007. Aí sim, vocês vão ver o que é futebol. Aquilo que passaram ontem foi um espetáculo de desinteresse disfarçado de emoção. E eu, que já vi o Grêmio ser campeão da Libertadores, estou decepcionado. Muito decepcionado.

• Patrícia Gallo
• outubro 23, 2024 AT 06:51

É interessante como o futebol, apesar de ser um esporte tão aparentemente simples - dois times, uma bola, um gol - acaba se tornando um espelho tão poderoso das nossas identidades coletivas, das nossas feridas históricas, das nossas esperanças silenciosas. O Grenal não é apenas um confronto entre dois clubes: é um encontro entre duas versões de nós mesmos - a do interior, da terra vermelha, da resistência; e a da cidade grande, do movimento, da inovação que ainda carrega o peso da tradição.

Quando os torcedores cantam, não estão apenas cantando uma música. Estão reafirmando que, mesmo em um mundo cada vez mais digital, fragmentado e solitário, ainda existe algo que os une - algo que não pode ser comprado, nem vendido, nem medido em likes.

A Jovem Pan, por mais que erre na técnica, pelo menos permitiu que esse momento fosse compartilhado. E isso é importante. Porque o futebol, em sua essência, não é sobre quem ganha. É sobre quem se sente vivo. Quem sente o coração bater mais forte. Quem, mesmo de longe, sente o chão tremer. Quem, mesmo sem estar lá, sente o cheiro da grama molhada, o gosto do chimarrão frio, o calor do abraço do desconhecido ao seu lado.

Se a narrativa foi imperfeita, talvez o erro não esteja na rádio. Talvez esteja em nós, que esperamos que a linguagem da mídia consiga traduzir o que é, por natureza, indescritível. Mas mesmo assim, a tentativa importa. Porque, se não tentássemos, o que restaria? O silêncio. E o silêncio, meu caro, é o verdadeiro derrotado.

• Murillo Assad
• outubro 23, 2024 AT 14:27

Se o Grêmio perdeu, tá tudo bem. Mas se vocês acham que a Jovem Pan foi a responsável, tá na hora de olhar no espelho. O time perdeu porque o técnico não tá preparado, os jogadores não têm fome, e a torcida tá cansada de promessas vazias. Ninguém vai salvar vocês com uma narração bonita.

Internacional? Fez o dever de casa. Jogou como time campeão. E o Grêmio? Jogou como time que acha que o futebol é um drama de novela. Aí vocês ficam reclamando da transmissão? Meu Deus, o problema não é a rádio - é vocês que não querem encarar a realidade.

Se quiserem vencer, parem de chorar e começem a treinar. E se quiserem uma boa transmissão? Compren uma TV e liguem o SporTV. Ou melhor: vão pro estádio. Só assim vocês vão sentir o que realmente importa: o futebol não é feito de palavras. É feito de coragem. E aí, onde está a coragem do Grêmio?