O clima era de decisão no Grupo E do Mundial de Clubes da FIFA. Em campo, o Monterrey mostrou força e não tomou conhecimento do Urawa Red Diamonds: goleada contundente por 4 a 0, na noite de 26 de junho de 2025. O placar elástico não só garantiu a vaga mexicana nas quartas de final, mas também sacramentou a eliminação precoce do River Plate. Os argentinos já haviam tropeçado quatro dias antes, ficando no 0 a 0 contra o próprio Monterrey, e acabaram superados pela Inter de Milão por 2 a 0 na rodada derradeira.
No México, a classificação foi celebrada como uma resposta aos anos de domínio sul-americano e europeu nas Copas. O River, tradicional rival em duelos continentais, caiu antes sequer do mata-mata, assim como o Boca Juniors, outro gigante argentino que decepcionou. Pela primeira vez em anos recentes, a América Latina viu seus protagonistas serem deixados para trás por protagonistas do futebol mexicano, um marco histórico para a Liga MX que volta aos holofotes globais.
Sergio Ramos, experiente zagueiro recém-contratado, liderou a defesa e foi essencial para o time mexicano não levar gols em toda primeira fase. Na organização do meio, Oliver Torres dirigiu as ações, impondo ritmo e criatividade no setor. Alvarado, atacante em grande fase, perdeu boas chances no início, mas logo o domínio se transformou em bola na rede – e em vários lances, Monterrey mostrou maturidade para controlar o jogo mesmo com o adversário pressionando em busca do gol de honra. Fechando a contagem, os mexicanos ainda aproveitaram espaços para definir o massacre sem piedade.
Com a vitória, o Monterrey somou cinco pontos e ficou atrás apenas da Inter de Milão, que liderou com sete – deixando para trás times tradicionais do futebol mundial. O Urawa Red Diamonds, do Japão, até tentou reagir, mas esbarrou em limitações técnicas e defensivas expostas, encerrando a campanha sem vitórias.
O River Plate, com elenco estrelado e grandes expectativas entre os torcedores, saiu do torneio sob vaias e críticas pesadas na imprensa argentina. O sentimento é ainda mais amargo porque as eliminações de River e Boca tiram a representatividade do continente nas fases decisivas, aumentando o peso do fracasso para a rivalidade histórica entre mexicanos e argentinos. Figuras como Nacho Fernández e Beltrán passaram longe da atuação inspirada que os torcedores esperavam.
Para os mexicanos, agora o desafio é ainda maior. O adversário nas quartas será o Borussia Dortmund, gigante alemão, dono de um elenco físico e veloz, além de tradição em competições internacionais. A expectativa é de duelo intenso, no qual Monterrey tentará provar, mais uma vez, a força da Liga MX diante de potências do Velho Continente.
O grande feito do Monterrey também levanta o debate sobre as diferenças de investimento, estrutura e formação no futebol das Américas. A performance sólida, o equilíbrio tático e a confiança dos atletas mostram que o time mexicano está pronto para buscar um lugar inédito entre os grandes do Mundial de Clubes. Resta saber até onde essa ousadia pode chegar diante do gigante alemão.
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